No dia 02 de março deste ano ocorreu um acidente com um helicóptero Sikorsky S-76C, da Omni Taxi Aéreo, durante pouso na plataforma P-37, da Petrobras, localizada no Campo de Marlim, Bacia de Campos.
Das 10 pessoas que estavam a bordo (2 tripulantes e 8 passageiros), quatro ficaram levemente feridas, receberam os primeiros atendimentos pelo médico da Unidade de Manutenção e Segurança Cidade de Araruama da P-37, e passam bem.
O acidente ocorreu por volta das 14 horas após a aeronave ter decolado do aeroporto do Farol de são Tomé, localizado em Campos / Rio de Janeiro.
Segundo informações reportadas no website Portal Marítimo (ver endereço abaixo), “por algum motivo desconhecido os flutuadores da aeronave foram acionados durante o pouso, o que causou instabilidade na aeronave ao encostar no heliponto, fazendo com que a mesma balançasse de forma irregular, a ponto de o rotor ter tocado o piso do heliponto e quebrado. A aeronave acabou tombando.”
A Petrobras informou às autoridades que criou uma comissão para investigar o acidente, conforme requisito do próprio sistema de gestão de segurança da empresa.
Embora felizmente este acidente não tenha causado vítimas fatais, nem, aparentemente, ferimentos graves, constitui-se em um acidente bastante sério em função do seu potencial de gravidade. No ano de 2016, registramos no site da ABRISCO, dois sérios acidentes envolvendo helicópteros de transporte de trabalhadores da área de óleo e gás: um na Noruega em 01/05 e outro na Sibéria em 24/10. O primeiro causou a morte das 13 pessoas a bordo e o segundo causou 19 mortes (para mais informações, consulte o documento depositado na seção de trabalhos publicados do nosso site - http://www.abrisco.com.br/novo/area-do-associado/publicacoes-de-trabalhos).
Sem dúvida, o transporte de helicóptero para as instalações de petróleo tem sido um dos principais fatores de risco para os trabalhadores dessas instalações. Dados históricos de FAR (fatal accident rate) para o transporte por helicópteros reportados em relatório do IOGP de 2010 indicam números extremamente altos (chegando a ordem de mais de 1000) em comparação com os de outras atividades offshore. Felizmente, os valores de FAR são calculados por tempo de exposição e este tempo é bastante baixo para os trabalhadores das plataformas (exceto para os pilotos, é claro).
Para mais informações, consultem os links abaixo:
https://www.portalmaritimo.com/2017/03/02/acidente-com-helicoptero-na-p-37-deixa-quatro-feridos/
Excelente artigo!