Vejam na seção de artigos deste site (na área de associados), um importante artigo da nossa associada Maria Mazzarello Veloso sobre "Gestão de Riscos e Sustentabilidade".
Formada em engenharia química e executiva com mais de 28 anos de experiencia internacional em empresas multinacionais e em mercado diversificado, como: Orica, Vale, Monsanto, Bayer, Promon, Maria vem atuando como Conselheira Empresarial desde 2011, e como CEO da JVE - boutique de consultoria com foco em estratégia, governança, risco, crises, sustentabilidade na estratégia, inovação/tecnologia e engenharia.
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Gestão de Riscos & Sustentabilidade
Maria Mazzarello Veloso
Ocorrência de Eventos Catastróficos em empresas estruturadas
Geralmente, em empresas bem estruturadas, a redução ou a não ocorrência de acidentes/eventos significativos, bem como de suas consequências, trazem a autoconfiança de que “fazemos a coisa certa por aqui” e essa “impressão de eficiência” reforça, por seu turno, a premissa de delegação da gestão de riscos para níveis mais baixos da companhia, pois, afinal, “nossos riscos estão sob controle”. Esta é uma percepção completamente equivocada e eventos catastróficos podem, sim, advir do excesso de confiança e da delegação. Muitos são os desafios enfrentados pelas organizações para lidar com eventos de baixa probabilidade e consequências significativas; porém, eventos catastróficos não são isolados. Se um acidente de grandes proporções acontece é por que as barreiras de proteção não foram suficientes e/ou robustas para evitar o evento ou minimizar o seu efeito. Um ponto muito importante - e de atenção! - é que os riscos catastróficos e a integridade das barreiras de proteção associadas a esses devem ser claramente identificados como elementos críticos, monitorados com alta frequência e gerenciados pelo mais alto nível da organização (presidente e board). Entretanto, somente empresas com uma gestão de riscos muito forte mantêm essa diretriz. Além disso, são necessários atenção e controle rigorosos em itens como integridade de ativos, cultura de segurança, comunicação de riscos e gestão de mudanças, principalmente em períodos de crise, quando a necessidade de controle de custos é muito forte e pode vir a influenciar a tomada de decisão, impactando a confiabilidade das barreiras de proteção. No setor de mineração, especificamente, estudos apontam que o principal desafio para o setor é a volatilidade dos preços. Além disso, os levantamentos indicam a necessidade de atenção às alterações regulatórias e aos stakeholders, cujas expectativas e nível de exigências continuam a subir. Logo, a ocorrência de eventos catastróficos nesse cenário pode afetar definitivamente a sustentabilidade dos negócios. Na preparação para esses cenários, é preciso desafiar as hipóteses de negócios existentes e, o que é mais desafiador ainda, para o setor de mineração e, de maneira mais ampla, para outros setores, entender claramente que velhas práticas históricas não são mais aceitáveis nos dias de hoje.
Gestão de riscos: o que pode falhar?
Acidentes catastróficos acontecem geralmente por sucessivas falhas, cujas combinações são difíceis de prever e prevenir. Com isso, evidencia-se a importância das proteções, ou seja, de barreiras. Uma barreira de proteção possui a função de prevenir ou minimizar as consequências de um evento. Logo, a solução eficiente na gestão de riscos é desenvolver barreiras de proteção robustas e com ampla efetividade para diversas causas de potenciais acidentes. Mesmo que não haja uma forma de impedir que o evento aconteça, ainda há a possibilidade de prevenir e minimizar as consequências indesejadas, e aí inclui-se uma gestão de emergência e crises, que seja eficaz. A gestão desses riscos catastróficos deve ser responsabilidade e prioridade da alta administração, presidente e board. Esta é uma gestão indelegável. Outro ponto muito importante é assegurar as lições aprendidas com eventos passados, garantindo que eventos com potencial de serem catastróficos sejam investigados e determinadas, claramente, quais foram suas principais causas, bem como as barreiras de proteção que falharam, por serem frágeis, ou ainda, aquelas que não existiam, promovendo, assim, o aprendizado organizacional como condição sem a qual não se pode prevenir novas ocorrências e catástrofes.
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